sábado, 25 de dezembro de 2010

Serei?

Um nó que aperta. Na garganta, no estômago, no peito…na alma. Um nó que me absorve, que me faz ouvir gritos mudos, sentir puxões lentos…Um nó que me veio lembrar, uma vez mais, como o meu amor é egoísta.
O amor mais forte, mais avassalador, mais exigente, mais, muito mais, vivido…o amor na sua essência, que transpira por todos os meus poros. Esse amor, maior que todos os outros, é egoísta. É completamente cobarde.
Egoísmo e cobardia assumidos, aceites, concretizados.
E…que espécie de ser serei eu? Se faço do maior amor que alguma vez senti (e sinto!) egoísta e cobarde? Será, certamente, esta a minha forma de amar? Será?

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O que acontece quando não somos a prioridade de ninguém?

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Não Faz Mal

Faz de conta que não faz mal.
A falta de compreensão, de disponibilidade, de tempo, de calma…o acumular de trabalho, o cansaço que cresce um bocadinho a cada minuto, a desarrumação mental…faz de conta que nada faz mal.
Há momentos em que ter limites não é permitido, porque a vida não vai parar até a capacidade de suporte voltar. Nem a vida, nem as pessoas, os lugares ou os momentos. Nada espera até que sejamos de novo capazes…tens de ser, aqui e agora, mesmo que cada novo passo te deixe mais fraco.
Mas faz, sempre, de conta que não faz mal.
E mesmo que todos os dias se tornem, verdadeiramente, insuportáveis…não faz mal. O amanhã será sempre um bocadinho pior.

domingo, 21 de novembro de 2010

Pust...

Decidi deixar de lançar "Um Objectivo Por Mês". Há alturas em que, mais prioritário do que definir objectivos, é mesmo viver. Esta é uma altura dessas.

sábado, 23 de outubro de 2010

Vim só dizer que te AMO.

Porque acolhes sempre CADA bocadinho da minha vida.

Porque, todos os dias, momento a MOMENTO...

As palavras, os sorrisos, os gestos...tudo é mais NOSSO.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O chão foge. Foge som a pressa de um comboio. Foge, cego e surdo. Foge enquanto eu corro desesperadamente para o apanhar. E, mesmo sabendo que nunca conseguirei ficar em igualdade, continuo a correr.
É uma corrida contra o tempo. É quase como querer continuar a combater numa batalha que há muito, não sei bem definir quando, foi perdida. Sem qualquer hipótese.
Há batalhas para as quais não existem segundas oportunidades. Talvez nem primeiras. São apenas batalhas, em que combater não é uma opção, é uma necessidade.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Um Objectivo Por Mês

Objectivo (Outubro): Não serão os meus fracassos a definir-me.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Segundos.

Há sempre um momento em que volto ao ponto inicial. À estaca zero, ao momento em que tudo começou, mesmo que não saiba exactamente quando foi isso. Percorra eu os quilómetros que me puserem à frente. Avance eu até ao infinito. Num só segundo, sem saber como, estou de novo a sentir tudo como no primeiro momento.
E o mais interessante: sem nenhuma defesa, nenhuma estratégia, nenhuma aprendizagem, nenhuma solução. Como se na realidade, não tivesse mesmo percorrido quilómetros ou avançado no tempo.
O que eu quero dizer, é que quando uma coisa te marca verdadeiramente, aquele verdadeiramente que muda a tua vida, nunca, mas nunca mesmo, nada voltará a ser como antes. Quando te obrigam a alterar todos os teus hábitos. Quando és punido por fazeres aquilo que mais gostas. Quando nem o toque do despertador é igual. Quando o sorriso de quem mais amas te faz chorar. Quando tudo fazes para falhar, mas mesmo assim falhas. Quando sentes em cada acção uma limitação. Quando todos os dias há mais uma dificuldade. Quando fechas os olhos, na esperança de que tudo acabe por fim. Quando te odeias a ti próprio por seres como és. Quando a revolta grita mais alto que tu. Quando sentes que tudo o que constróis é em vão. Quando sentes que o mundo te foge. Quando te apetece gritar, mas já nem para isso há coragem. Quando as pessoas te fazem perguntas que nunca imaginarias ter de responder.
É porque tudo mudou, para sempre.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Ruído

Porque é que às vezes, na maioria delas aliás, não consigo ralhar? Porque é que não reajo? Porque é que não falo?
Mesmo quando já não consigo ouvir nem mais uma sílaba. Mesmo quando dentro de mim está a crescer um furacão. Mesmo quando só tenho vontade de gritar “Pára!”, ou “Cala-te!”, ou “Chega!”, ou “Não é nada disso!” Mesmo quando as lágrimas já balançam nos meus olhos.
Porquê? Porque é que não faço nada? Porque é que procuro dezenas de estratégias por minuto para me controlar, em vez de agir?
Porque é que só grito, ralho, reclamo, defendo, depois de me destruir?

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Uma das melhores coisas do mundo é aquilo que sentimos. Aquilo que sentimos por fora, que os nossos cinco sentidos nos permitem sentir…O cheiro, forte, fraco, mais intenso, mais próximo ou mais longe. O ar que entra e nos domina, mesmo que por meros segundos, milésimos de segundos… mesmo que não saibamos definir, sabemos como é. As imagens que os nosso olhos captam, e que surgem tão rapidamente, tão inesperadamente, que deveria ser permitida a existência de uma qualquer forma de pausa, para que não nos escape nenhum pormenor, para que todas as imagens nunca mais se apaguem.
Deveríamos poder reter, não só todas as imagens, sabores, toques, mas também as sensações que todos eles nos dão. Deveríamos poder guardar um bocadinho de tudo, porque aquilo que sentimos será sempre momentâneo, e depois foge á velocidade do vento.
E eu gostaria de saber viver melhor, para conseguir perceber a importância de tudo o que sinto, de tudo o que cheiro, provo, toco…vejo. Para que nunca mais nada se apagasse.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Um Objectivo Por Mês

Objectivo (Setembro): Acreditar.

domingo, 22 de agosto de 2010

E Ponto Final!

Acho que existem momentos em que me esqueço de como se fazem as coisas por estes lados.
E então é necessário redefinir prioridades. Rever objectivos. Meios para atingir metas. Lembrar-me de quem sou, de quem quero ser. Lembrar-me de como tornei os obstáculos em hábito, lidando com eles apenas o suficiente para conseguir avançar no tempo sem dificuldades extremas. Lembrar-me de que nunca se espera mais do que aquilo que se possui, muito menos em situações de “crise emocional” sem previsão de melhoria. Lembrar-me que depois de acordar não há mais margem de fuga. É hora de enfrentar, acalmar prantos, desmistificar dramas, ir arrumando assuntos e eliminar possíveis origens de problema. Lembrar-me que em determinados momentos não conseguimos mesmo controlar o desenrolar dos acontecimentos.
Lembrar-me que há sempre uma altura em que vais e ponto final.
Liliana Correia, lembra-te de quem és e de como és aqui.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Apenas a Pedir...

Eu gostava só de ser normal. Ser tratada como igual e sentir que sou respeitada, tal e qual como sou. Não quero ser mais nem menos, não quero que tenham imensos cuidados com a minha pessoa, não quero que deixem de brincar.
Só gostava (e atenção, não estou a reclamar ou a exigir, estou apenas a pedir, da forma mais sincera e humilde que consigo) que um dia conseguissem estar, conviver e falar comigo sem que antes, depois ou durante, me fizessem sentir gozada, humilhada ou inferior. Mesmo que demorassem uns bons tempos a conseguir, porque eu sei que o hábito tem muita força, eu gosta de saber como é, de sentir que finalmente, vou ser respeitada.
Eu percebo! Juro que sim. Quando somos crianças existem determinados valores, como o respeito, a compreensão ou a amizade, que ainda não estão incutidos. Quando somos crianças gostamos de aproveitar todas as oportunidades para nos divertirmos, mesmo que isso implique ver um de nós a sofrer. Quando somos crianças não percebemos que existem alguns de nós que, por um motivo ou por outro, têm determinado problema de saúde, demasiado visível para que seja impossível de se reparar, comentar ou fazer disso divertimento.
Mas quando temos mais de vinte anos, desculpem, mas conseguimos perceber muito bem tudo isto. Quando temos mais de vinte anos, não consigo compreender como é que um divertimento, ou gozo nosso, implica o sofrimento, na maioria das vezes bem perceptível, de alguém. Quando temos mais de vinte anos, já não estamos a assimilar valores, estamos a viver em sociedade, e somos responsáveis por aquilo que fazemos de plena consciência.
Eu quando era criança passei por várias “fases”. Primeiro percebi que efectivamente tinha algo diferente, mas que por isso não deixava de ser igual a todos os outros. Depois percebi que era mesmo diferente…era impossível não ser, pela forma como era excluída de brincadeiras, pelos nomes que me chamavam, pelo que de mim diziam, pelo gozo que tinham ao me deitar ao chão, roubar coisas, imitarem-me… Quando eu era criança todos os dias de manhã desejava ir para uma escola diferente, num sítio diferente, com pessoas que me deixassem brincar com elas. Quando eu era criança imaginava sempre que a minha professora os ia mandar calar, ou que os meus pais iam lá à escola e lhes batiam (porque eles corriam sempre mais que eu, tinham sempre mais força que eu, batiam-me sempre mais).
Agora, ainda não tenho mais de vinte anos, mas estou quase lá, e algumas coisas mudaram. Sou convidada para as festas, os jantares, os cafés e as saídas. Não me batem nem roubam coisas, e eu corro sempre mais. Mas continuo a sentir-me diferente, pelos nomes que me chamam, pelo que dizem, pela forma como me olham ou falam de mim paralelamente. E com quase vinte anos, eu gostava só de ser normal. Ser tratada como igual e sentir que sou respeitada, tal e qual como sou. Não quero ser mais nem menos, não quero que tenham imensos cuidados com a minha pessoa, não quero que deixem de brincar. Quero só ser respeitada

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Como?

A felicidade é um estado tão momentâneo, que quase chegamos a não senti-lo. Surge e desaparece com rapidez...como um passo, um sopro ou um estalar de dedos. Aproveitar cada momento não nos basta, quando todos os momentos nos são retirados, sem previsão ou compaixão.
Qualquer bola de neve atinge o seu limite. O limite que a faz rebentar nas nossas mãos, sem que tenhamos tempo para assimilação, sem que os nossos actos consigam ser ponderados, sem que consigamos encontrar um porto seguro.
Eu não peço para que a felicidade seja um estado demasiado duradouro. Só não quero que a sua base seja uma ilusão.

domingo, 1 de agosto de 2010

Um Objectivo Por Mês

Objectivo (Agosto): Organizar o pensamento (e tudo o que ele produz).

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Nada é Perfeito

Por vezes tenho a sensação que somos meros desconhecidos, todos. Os que vão, os que regressam apenas por momentos, os que nunca estão ou até aqueles que ficam sempre. Os que lutam, os que se deixam simplesmente levar, seja por falta de força, ou por puro desmazelo, os que alimentam a esperança que um dia tudo será diferente. Parecemos muitos, e no fundo não somos nada.
Por detrás das fotos sorridentes, das festas inesquecíveis, dos programas forçados em conjunto, das obrigações para com os outros, não somos nada. Somos um aglomerado de gente, que partilham um espaço físico, que se juntam porque é assim que vivemos. Um dia, quase sem nos apercebemos que algo mudou, partimos cada um para um lado, e talvez nessa altura possamos sorri de verdade, sem obrigação nem fingimento. Talvez os papéis nunca voltem para os seus donos, mas ficará provado que nenhum bem material será capaz de unir seres humanos.
A perfeição não existe. E é quanto mais a queremos alcançar, destemidamente e inibindo tudo o que a possa manchar, que a imperfeição se torna um inferno.

domingo, 11 de julho de 2010

Agora

“Eu não sei muito bem…mas acho que se chama amor…”

Eu não sei bem, nem mal, nem mais ou menos. Eu não lhe atribuo nome, estado, lugar ou tempo. Eu não quero mais, nem menos. Eu não quero saber como será o depois do “agora”. Onde, quando ou como vamos estar a seguir, não me interessa.
Eu quero o agora: neste tempo, neste espaço e neste estado. Com este cheiro…este olhar…este toque…São estas as gargalhadas, os beijos e os abraços que eu quero ter. É a ver-te chegar que eu sou feliz.
Gosto assim….talvez até ame assim.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Um Objectivo Por Mês

Objectivo (Julho): "O amor dissipa o medo".

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Esse Dia Começa Hoje!

Um dia vamos correr até ao infinito…
Um dia vamos estar juntos a todas as horas.
Um dia eu vou dar-vos todos os beijos.
Um dia não vamos ter mais medo.
Um dia adormecemos abraçados.
Um dia o amor será a nossa maior arma.
Um dia não fingimos mais.
Um dia conseguirei dar resposta a todas as vossas perguntas.
Um dia seremos os três príncipes do maior castelo do mundo.

domingo, 20 de junho de 2010

Eles!

Eles saltam, correm, descobrem. Eles cantam, dançam e gritam. Eles balançam, arrepiam e fogem. Eles fazem-se ouvir. Eles querem, exigem, não perdoam. Eles fazem sorrir, chorar e abraçar. Eles lutam, esforçam-se, não desistem.
Eles estão dentro de mim. Eu esforço-me por manter uma relação (minimamente) equilibrada com eles, mas na maioria das vezes andamos à luta. Não é para ser convencida, mas eu venço quase sempre. Ultimamente é que a coisa anda difícil, mas eu hei-de voltar aos meus tempos de glória.
Eles? São os medos!

terça-feira, 15 de junho de 2010

O Jogo

Mais um dia em vão no jogo em que ninguém ganhou
Dá mais cartas, baixa a luz e vem esquecer o amor
És tu quem quer, sou eu quem não quer ver que tudo é tão maior aqui
Está frio demais para apostar em mim

Vê que a noite pode ser tão pouco como nós
Neste quarto o tempo é medo e o medo faz-nos sós
És tu quem quer mas eu só sei ver que o tempo já passou e eu fugi
Que aqui está frio demais para me sentir...
Mas queres ficar...

Tudo o que é meu é tudo o que eu não sei largar
Queres levar tudo o que é meu e tudo o que eu não sei largar...
Vem rasgar o escuro desta chuva que sujou
Vem que a água vai lavar o que me dói
Vem que nem o último a cair vai perder...

Tudo o que é meu é tudo o que eu não sei largar
Queres levar tudo o que é meu e tudo o que eu não sei largar...
Vem rasgar o escuro desta chuva que sujou
Vem que a água vai lavar o que me dói
Vem que nem o último a cair vai perder...
Não... Não vai perder... Não vai perder!

Tiago Bettencourt & Mantha
Porque é que não se calam todos? Só um bocadinho...

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Bola de Algodão

Sinto que a minha vida é como uma bola de algodão.
Fofinha, aglomerada e bonita. Não muito grande, nem muito pequena. Susceptível a qualquer toque, sopro ou mudança. Sem grande resistência ao que a rodeia. Admirada pelos olhares dos outros, mas reservada quanto ao seu real conteúdo. Todos precisam um bocadinho dela. Mas ela não sabe muito bem para onde seguir.
A minha vida é assim…uma bola de algodão.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

:)

Podes desenhar os pontos de fuga que quiseres.
Oa melhores serão sempre os vividos.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Um Objectivo por Mês

Objectivo (Junho): Não desisto de mim.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

O Sol é vermelho.

sábado, 22 de maio de 2010

Pássaro Azul

A noite que passou trouxe-me um sonho
Dormi mais para sonhar
Sonhei que era um pesadelo
De manhã ia acabar

Conheci o teu sorriso
Porque me está no coração
Corri logo ao teu encontro
E ao estender-te a minha mão

Sete lágrimas correram
Quando eu te abracei
E ao tocar no teu cabelo
Eu imaginei
Que amanhã ao acordar
Tu irás voltar
Meu pássaro azul tu irás voltar

E corremos mundo fora
Toda a noite a brincar
Era eu quem se escondia
E tu eras a encontrar

Sete lágrimas correram
Quando eu te abracei
E ao tocar no teu cabelo
Eu imaginei
Que amanhã ao acordar
Tu irás voltar
Meu pássaro azul tu irás voltar
Meu pássaro
Meu pássaro azul tu irás voltar.
André Sardet

quarta-feira, 12 de maio de 2010

É tão Bom!

O tempo deveria parar em alguns momentos. Só para conseguir apreender tudo ao máximo. Para não deixar escapar nenhuma expressão, nenhum sorriso, nenhum olhar a "rebentar de vida"" Só para não deixar nenhuma pergunta sem resposta, nenhum carinho sem retorno.
O tempo deveria parar para que tudo isto fosse para sempre...sem interrupções intermináveis!

"Oh prossora Liliana ajuda-me!"

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Sou um bocado desorientada por natureza.
Mas às vezes fico mesmo Muito desorientada. Desorientada no tempo, no espaço, no momento, no que digo, no que faço…E tudo, porque a nunca fui muito boa na capacidade de abstracção. Sei lá…alguém sabe como se faz? Como nos abstraímos de algo que nos preocupa verdadeiramente?

sábado, 1 de maio de 2010

Um Objectivo por Mês

Objectivo (Maio): Empenho, Trabalho, Profissionalismo e Rigor. O único lugar em que o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Pintar a Verdade

"Ai se eu pudesse pintar a verdade
De um tom cor-de-rosa ou mesmo de azul
Talvez contasse com mais à vontade
Este rosário de sombras e luz

Ai se eu caísse num sono profundo
Talvez eu pensasse que estava a sonhar
Ai se eu mandasse nas coisas do mundo
Mandava ser tempo de recomeçar

Ai se eu não fosse assim tão fadista
Desvendava o mistério de ter esta dor
Fui alquimista por ouro e amor
Mas jamais consegui transformar um leão
Numa flor...

Ao luar, vem-me procurar ao luar
Que eu sou pequenina e não sei andar
Anda ver, anda ver o sol a nascer
E verás que o que for será, tem que ser...

Ai se eu pudesse pintar a verdade
Em tons prateados ou mesmo de azul
Talvez contasse com mais à vontade
Este rosário de sombras e luz

Ai se eu não fosse assim tão fadista
Desvendava o mistério de ter esta dor
Fui alquimista por ouro e amor
Mas jamais consegui transformar um leão
Numa flor...

Ao luar, vem-me procurar ao luar
Que eu sou pequenina e não sei andar
Anda ver, anda ver o sol a nascer
E verás que o que for será, tem que ser...
Ao luar, ao luar..."
Xaile

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Quem Manda Sou Eu!

Serei sempre mais forte do que aquilo que possas pensar.
Irei sempre suportar a tua presença. Irei sempre sobreviver a cada momento. Cada momento em que surges, sei lá vindo de onde, sem motivo aparente, sem aviso prévio, sem margem de fuga. Cada momento em que o meu espaço, o meu tempo e o meu mundo ficam, definitivamente, desorientados. Cada momento em que, para além de ti, tudo o resto deixa de existir.
Cada momento antecipado com medo, vivido com raiva e ultrapassado com dor. Dor de te teres tornado o meu pior inimigo, quando eras o meu melhor amigos. Dor pelo teu olhar de provocação. Dor pelo teu sorriso que já não é meu. Dor por ainda “mandares” tanto na minha vida. Dor por te ter perdido. Dor por todas as marcas que em mim deixaste.
Mas Serei sempre mais forte do que aquilo que possas pensar. Irei sempre ultrapassar, mesmo com dor.
E um dia, quero acreditar, vais deixar de “mandar” tanto.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

SAL 2010


Semana Académica de Leiria!!!
Comunidade.
Afilhadas.
Serenata.
Alegria.
Música.
Jantaradas.
Traje.
Madrinhas.
Desfile da Cerveja.
Alcoól.
Parvoeira.
Tio Quim.
Orgulho.
...



Bora lá pessoal!

terça-feira, 13 de abril de 2010

Obrigada :)

Obrigada por me valorizares tanto.
Obrigada pela paciência, infindável.
Obrigada por cada abraço, cada colo.
Obrigada pela partilha, pela amizade, pela confiança, pela reciprocidade.
Obrigada por me fazeres sorrir.
Mas também por me ajudares a chorar.
Obrigada por respeitares o meu ritmo.
Mas também por invadires, por não te calares, por não parares.
Obrigada por me fazeres acreditar que vale a pena.
Obrigada por me olhares, e me veres realmente.
Obrigada por me fazeres sentir, sempre, a pessoa mais amada e acarinhada do mundo.
Obrigada por seres um ser tão autêntico e verdadeiro.
Obrigada por aceitares ser o “meu Anjo”, com tudo o que isso acarreta.
Obrigada por gostares assim de mim.

sábado, 10 de abril de 2010

Entropia.
Para quem não sabe, significa desordem ou imprevisibilidade.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Não gosto mesmo!

Nunca fui uma pessoa muito exigente. Talvez coloque exigência em algumas coisas específicas do meu dia – a – dia, principalmente no que diz respeito á forma como estabeleço relações com os outros, mas não sou, de todo, exigente com aquilo que a vida sempre me deu, e me dá.
Não sou assim. Acho que me fui habituando, não a contentar-me com pouco, mas a estar feliz com aquilo que tinha e fazia. Apesar da maioria das coisas não terem sido fáceis, eu consegui sempre, eu cheguei sempre onde queria, eu tive sempre alguém comigo, eu senti sempre amor, eu sorri sempre, eu lutei sempre, eu sonhei sempre…Eu não desperdicei nenhuma oportunidade para fazer mais alguma coisa, para chegar mais longe…
Agora…as coisas continuam a não ser fáceis, mas eu continuo a sentir-me feliz. Continuo a ter amor, a sorrir e a sonhar, continuo a lutar para conseguir chegar onde quero…Algumas coisas melhoraram até nos últimos tempos. Mas agora tenho vontade de ser exigente. Não comigo, não com os outros. Ser exigente para com a vida. Por mais arrogante, desajustada, e tudo o resto que essa atitude possa parecer. Sinto-me desiludida com ela (a vida), sinto-me até revoltada e com mil e uma questões sem resposta.
Estou-me a tornar assim, e não gosto. E olhem que estou a lutar muito contra este sentimento!

terça-feira, 6 de abril de 2010

Um Objectivo por Mês

Vou reformular o meu objectivo de Abril. Não que aquele que publiquei não faça sentido, mas, como todos os dias existem novos acontecimentos, novos momentos, novos dados..agora fará mais sentido um novo objectivo.

Objectivo (Abril): Um dia de cada vez. Aproveitar o presente, em cada bocadinho.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Nada

Às vezes os dias são mesmo compridos. Às vezes morremos um bocadinho em cada dia. Às vezes os dias são mesmo uma grande merda.
Fazem-te acreditar em realidades que nunca serão verdade. Lutas desnecessariamente durante tempos sem fim, para depois tudo terminar com uma só palavra, com um só gesto… De nada serviu o que fizeste. E percebes isso da forma mais fria, mais dolorosa, mais cruel. Tentas encontrar respostas, mas a tua mente nem consegue fazer as perguntas. Tentas fugir, mas o teu corpo nem força tem para se mover. Tentas perceber o que está a acontecer, mas nem consegues ter um momento de coerência. Tentas desligar-te do mundo, mas ninguém se cala, ninguém sai. Tentas imaginar que não sentes nada, mas está ali, á tua frente, a prova do que sentes. Não podes fugir. Tens de ser tu a falar, tens de ser tu a decidir, tens de ser tu a fazer as perguntas, tens de ser tu a ouvir as respostas, tens de ser tu a andar, a sair e a ser educada. Tens de ser tu a conter as lágrimas e os gritos. Tens de ser tu a acalmar, a dar colo e a atenuar a dor, quando é a ti que mais te dói, quando és quem mais precisa de colo e de ser acalmada. Mas tens de ser tu.
Adormeces e acordas, entre a verdade e a imaginação, entre o medo e a dor, entre as pessoas e os objectos…para no fim voltar tudo ao mesmo. Não adianta nada do que tentas fazer, não adianta nada do que possas sentir, não adianta nada.

sábado, 3 de abril de 2010

Manos :)
















Vale a pena dizer alguma coisa?

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Um Objectivo por Mês

Objectivo (Abril): Fora o stress, a irritabilidade, a pressa e o drama! Sê paciente.  Calma e tranquila.

terça-feira, 30 de março de 2010

Gosto mesmo de ti!
(Gosto de ti, até quando és horrível!)

domingo, 28 de março de 2010

Ramos...Pássaros...Aconchegos...

Por vezes acontece…fico atordoada com os acontecimentos que se sucedem, sem espaço para reflexão ou assimilação, sem margem de fuga ou distracção, sem hesitações nem recuos, sem sentimentos nem emoções. São assim os acontecimentos que te envolvem. Talvez não fossem assim, se não significasses tanto no meu dia-a-dia.
Abraças-me tanto quanto me recusas. Confias tanto como me escondes. Chegas tanto quando foges. Se consegues ser um pássaro livre, um ramo que cresce mais alto, um aconchego interminável, porque não consegues compreender que os ramos não crescem todos da mesma maneira, os pássaros nem sempre são livres e os aconchegos também se escondem ás vezes?

quinta-feira, 25 de março de 2010

Medo

"Quem dorme à noite comigo
É meu segredo,
Mas se insistirem, lhes digo,
O medo mora comigo,
Mas só o medo, mas só o medo.

E cedo porque me embala
Num vai-vem de solidão,
É com silêncio que fala,
Com voz de móvel que estala
E nos perturba a razão.

Gritar quem pode salvar-me
Do que está dentro de mim
Gostava até de matar-me,
Mas eu sei que ele há-de esperar-me
Ao pé da ponte do fim."
Amália Rodrigues

quarta-feira, 24 de março de 2010

Nova Técnica de Engate

Ora...numa bela noite, aproximadamente ás 01.00h, estava eu, e os do costume, algures perdidos pelo Terreiro em Leiria, e assiti a um diálogo, junto ao balcão, digno de ser mostrado ao mundo! Passo a citar:

Elemento do Sexo Masculino (com um ar derretido) : "Tens uma camisola muito gira..."
Amiga Minha (com ar de poucos amigos) : "Então porquê?"
Elemento do Sexo Masculino (com ar ainda mais derretido) : "Faz-me lembrar o equipamento do Benfica... "


Dito isto, e após a nossa virada de costas, completamente perdidas de riso, o sujeito colocou a mão na testa e abanou a cabeça com, franca, lamentação.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Um Dia Não São Dias

Um dia fomos tudo aquilo que queríamos ser. Voámos até ao ponto mais alto. Corremos pelos melhores lugares. Partilhámos o melhor do mundo, e nem sabíamos que o estávamos a fazer.
Um dia quiseste que eu acreditasse que a vida tinha muito mais brilho e beleza se fosse partilhada com alguém. Não um alguém qualquer. Um alguém que me amasse e me conhecesse. Quiseste ser esse alguém. Ensinaste-me a partilhar, a não ter medo de ser conhecida.
E juntas conseguimos. Criámos um espaço, um tempo e um lugar só nossos. Sinais, palavras, temas e fugas só nossas. Tudo desejado, planeado e iniciado por ti…um mundo criado por ti, á minha medida. Um mundo que eu não pedi. Um mundo para mim. Um mundo como nunca ninguém me tinha feito. E eu fui feliz, como nunca tinha sido. Não desta forma.
Preencheste cada buraquinho que todos os outros deixaram em mim. Davas-me tudo, quando eu só pedia um bocadinho. Bastava um sinal meu, para abdicavas de tudo o resto. Para ti, mas sempre primeiro para mim.

domingo, 21 de março de 2010

Não me Conte Seus Problemas

"Então não me conte seus problemas
Hoje eu quero paz eu quero amor
Então não me conte seus problemas
Nada de tristeza nem de dor

Esse sol tão lindo gostoso de se ver
Essa vida boa correndo pelas mãos
Esse povo todo cantando pra valer
Solte essa cabeça acelere o coração
Hoje eu to querendo falar de coisa boa
Hoje eu to querendo gostar mais de você
Vamo balançando dando risada à toa
Hoje só não dança quem gosta de sofrer

Então não me conte seus problemas
Hoje eu quero paz eu quero amor
Então não me conte seus problemas
Nada de tristeza nem de dor

Veja bem, ta tudo certo
Nós dois na avenida dançando de coração aberto
Veja bem, Deus não perdoa
Vamo jogar essa mão pra cima que a vida é muito boa

Então não me conte seus problemas
Hoje eu quero paz eu quero amor
Então não me conte seus problemas
Nada de tristeza nem de dor

Esse sol tão lindo gostoso de se ver
Essa vida boa correndo pelas mãos
Esse povo todo cantando pra valer
Solte essa cabeça acelere o coração
Hoje eu to querendo falar de coisa boa
Hoje eu to querendo gostar mais de você
Vamo balançando dando risada à toa
Hoje só não dança quem gosta de sofrer

Veja bem, ta tudo certo
Nós dois na avenida dançando de coração aberto
Veja bem, Deus não perdoa
Vamo pensa positivo que essa vida é muito boa

Então não me conte seus problemas
Hoje eu quero paz eu quero amor
Então não me conte seus problemas
Nada de tristeza nem de dor."

Ivete Sangalo

sexta-feira, 19 de março de 2010

:)

Gosto assim. Gosto que apareças sem hora nem local marcado. Gosto que digas só “Cheguei” e que sorrias para mim. Gosto que me abraces sem eu pedir e que, nesses segundos, o tempo seja só nosso e que tudo o resto não tenha assim tanta importância. Gosto que o teu olhar me dê todo o carinho, compreensão e amor. Gosto da tua forma tão especial de amar.
Não sei se sabes, mas o teu sorriso, a tua alegria, o teu olhar, as tuas frases, a tua pressa, as tuas infindáveis coisas para fazer, as tuas piadas…fazem com que os meus dias sejam dias melhores. O nosso “pequeno grande” mundo é um lugar onde me sinto verdadeiramente bem.
Se calhar não sabes mesmo. É melhor dizer-to.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Parabéns

Hoje é o teu dia.
Seria um dia de festejo. Mas é somente um dia igual a todos os outros. Um dia em que estás presente, em que mais presente seria impossível estares. Sorriso grande e olhar de “puto mimado”, ar sério e andar descontraído. Reservado e meigo, que detesta muito barulho e adora a adrenalina, cheio de ideias convictas e com vontade de conquistar o mundo…és assim. Serás sempre assim.
Sabes, as pessoas têm razão: o tempo ajuda. Ajuda a aceitar. Ajuda a não lutar em vão. O tempo ensinou-me que, por mais que eu queira e que precise, não vais voltar. O tempo tornou a dor mais suportável. O tempo ensinou-me a viver sem ti. Mas o tempo jamais apagará os momentos, o carinho ou a dedicação. Jamais me irei esquecer do quanto especial era o “nosso nós”.
Estarei cá sempre para te dizer “Parabéns amor!” ano após ano. Amo-te.

quarta-feira, 10 de março de 2010

"Professores: façam sentir aos vossos alunos que podem ser quem quiserem ser, porque caso contrário nunca serão quem poderiam ter sido. O maior privilégio de um professor é também a sua maior responsabilidade: tocar o destino de uma criança, moldar uma vida. Haverá profissão mais nobre? Tarefa mais importante?"
Nuno Lobo Antunes

terça-feira, 2 de março de 2010

Um Objectivo por Mês

Objectivo (Março): "A coragem não é a ausência de medo. É a sua existência e mesmo assim continuar a agir."

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Cobardia, a minha.

São muitas as vezes em que me fazes acreditar num sonho, num mundo só nosso. E eu sou realmente feliz. Sem reservas, sem medos, sem pensar. Sou eu, e por ser eu, sou imensamente feliz. Porque te amo. Porque me amas. Porque existem momentos em que não precisamos de mais nada para além desse amor. Para além dos olhares, dos gestos, das palavras. Para além dos lugares de sempre e dos momentos inesperados. Para além da partilha e da dedicação.
Mas há momentos em que me destróis. Confundes-me, baralhas-me, pões-me em causa. Magoas verdadeiramente, e sem nenhum amor.
Paro. Respiro. Olho á minha volta. Reflicto. Penso. Desespero. Interrogo-me: Como é que alguém que ama exige tanto, sem se dar conta? Como é que alguém que ama nos deixa num farrapo humano? Como é que alguém que ama destrói tanto do que temos de bom?
E então, mesmo sem querer, em pleno desespero, vou fugindo devagarinho. Quase em eu própria dar por isso. Regresso por breves momentos, para depois voltar a fugir. Cobardia, em pleno, a minha.
O amor nem sempre chega. O amor não gera respeito, compreensão, e sinceridade como nos fazem acreditar.
Quando eu conseguir, regresso. Volto a ser eu e volto a ser imensamente feliz. Não por ti, não por mim. Por nós.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

"Porque é que és o meu pontinho de equilíbrio? :)"
"Porque tu também és o meu, mas não sabes! "
Porque serás sempre a minha "mau-feitio" preferida.
Porque te amo.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Só a Ti :)

A ti, que me respeitas e defendes incodicionalmente.
A ti, que acredita em mim, mesmo quando todos já deixaram de acreditar.
A ti, que percebes cada medo meu.
A ti, que me dizes sempre a verdade, mesmo que doa, que me faça sofrer.
A ti, com quem não preciso de falar, para que tudo seja percebido.
A ti, que já tanto magoei.
A ti, que já me viste de todas as maneiras possíveis.
A ti, que serás para sempre a minha "mana".
A ti, que lutas sempre ao meu lado.
A ti, de quem me orgulho imensamene, de forma completa e total.
A ti, que és um exemplo. Exemplo de força e de garra.
A ti, com quem a distância e a ausência só fortalecem.
A ti, que me conheces em cada promenor.
A ti, um obrigado que não tem tamanho, de tão grande que é. A ti, minha Joaninha, com quem a amizade é uma verdadeira forma de amar.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Consegui!

Nem sempre é fácil acreditarmos em nós, no que valemos e queremos. Mesmo quando sabemos exactamente o que queremos, mesmo quando sabemos que, se lutarmos com toda a nossa força, somos capazes. Mesmo que a possibilidade de nos sentirmos felizes aumente, não é fácil ter determinação e segurança no que fazemos. Não é fácil acreditar que somos capazes.
Pelo menos para mim não é. Acho que é bem mais fácil esconder-me atrás do medo, da incerteza. O desconhecido assusta e, mesmo que não seja muito positivo, o conhecido é aquilo que eu sei.
Mas hoje apetece escrever um post só para dizer: consegui! Consegui acreditar em mim. Consegui sentir-me segura e determinada, por mais estranho que isso seja para mim. Consegui chegar onde queria, e como queria.
Apetece-me apenas dizer que, agora, neste momento em que escrevo, me sinto bem e feliz. Não importa se daqui a pouco isso muda ou não, não importa que, quando acabe de escrever, tenha de enfrentar tudo o que está para lá deste momento. Não importa. Porque agora me sinto orgulhosa de mim, do que faço e de quem amo.
Afinal, acreditar que se é feliz é o princípio para sê-lo.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Mudar de Direcção

Às vezes é preciso dizer adeus.
Se calhar é preciso dizer adeus muitas vezes. Só que há uma diferença entre as vezes em que é preciso, e aquelas em que se diz verdadeiramente adeus. Talvez o verbo “dizer” não seja o mais indicado.
Às vezes é preciso ir embora. Deixar de agir, de lutar, de seguir. Não é desistir, é seguir por outro caminho, mesmo quando esse caminho á mais longo, mais desconhecido, mais incerto. Mesmo quando amamos demasiadamente alguém e só a hipótese de ficarmos sem esse alguém nos mete medo. Mesmo quando a nossa nova opção nos assusta um bocadinho, sabemos que está na altura de virar de direcção.
Acho que é isso que preciso de fazer.
Eu sei que vou arriscar. Arriscar principalmente perder o que (ainda) tenho, o que gosto, o que sempre fez parte de mim. Eu sei que vai custar, talvez até doer. Eu sei que vou sentir saudades e que a melancolia me vai acompanhar durante uns tempinhos. E sei que vão acontecer muitas outras coisas, que agora não consigo prever nem sentir.
Mas também sei que vou dar uma oportunidade a mim mesma, ao que eu realmente quero. Uma oportunidade de atenuar muitos sentimentos. Uma oportunidade de colocar um ponto final em muitas situações, e talvez até em relações, que não se têm revelado de forma nenhuma positivas. Uma oportunidade de ver se sou mesmo capaz. Por mais que seja duro, por mais que a minha atitude seja egoística ou drástica, está na altura de virar de direcção.
Acho que é isso que preciso de fazer. Só não digo “Tenho a certeza que é isso que preciso de fazer” porque, regra geral, não sou uma pessoa de muitas certezas, e se as tenho, rapidamente caiem, como aqueles passarinhos que saem do ninho, com a certeza de que já sabem voar, mas de repente perdem o equilíbrio e caiem.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Complexo? Se calhar não!

O conceito de amizade é muito complexo. Ou então somos nós que o tornamos assim, com a mania de materializar sempre tudo. Independentemente disso, acho que nos últimos tempos tomei a real consciência do papel que alguém considerado (e sentido!) “amigo” desempenha no nosso dia – a – dia. Mais do que no dia – a – dia, compreendi o quanto importante é sentir que, venha o que vier, existirá sempre alguém para nós.
Não me consciencializei disto através duma situação isolada, mas pelo que me tem acontecido, pelo que tenho feito, pelo que tenho sentido, pelo que me têm feito sentir, pelas pessoas que me rodeiam.
É por sentir que, por mais tempo que passe, por mais que seja a distância a que estamos, estamos sempre perto. É perceber que, depois de muito tempo sem estarmos juntos, sem sequer termos falado, a cumplicidade, a confiança e o carinho se mantêm exactamente iguais. É sentir o mesmo conforto e a mesma segurança num abraço. É saber o que cada olhar, gesto, palavra querem dizer. É não precisar de falar muito para que tudo seja dito. É saber exactamente a quem ligar quando precisamos de alguém. É saber que já errámos, mas que fomos perdoados. É sentir que também soubemos perdoar.
É por tudo isto que, quando olho para alguém,, sinto que vai ser sempre meu amigo, independentemente das ausências, das distâncias ou das mudanças. Mais do que não esquecer quem amo, não me esqueço do amor que por essas pessoas tenho.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

"A amizade consegue dar cor a uma vida anteriormente vivida a preto e branco e consegue colocar, com todo o carinho e subtileza, um sorriso no rosto mais triste."

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Esperar...

Quem espera sempre alcança…mas quem espera, desespera…mas saber esperar é uma virtude…
Estou sempre á espera que as saudades vão embora. As saudades, a melancolia, a inconformidade…
Estou sempre á espera que um dia acorde e já não sinta a tua falta. Que os momentos e acções ganhem de novo sentido. Mesmo que não seja um sentido bom. Só sentido.
Estou sempre á espera de perceber. De olhar para ti e perceber porque é que o “nosso nós” se tornou aquilo que hoje é: um emaranhado de explicações que nunca foram dadas, interrogações que nunca tiveram resposta, medos que nos foram dominando.
Estou sempre com esta espera. Esta espera que vai ganhando forma, ritmo, tamanho e cor. Esta espera que não me deixa ver para além do que sinto e desejo.
Estou sempre á espera. E o problema é esse: ainda esperar.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Um Objectivo por Mês

Confesso...foi o objectivo mais difícil de definir até então!
Não é que eu não saiba o que quero/desejo, o que sinto ou o que pretendo pôr em prática, mas este mês, directamente ou não, representa um momento de alguma mudança e tomada de decisões.
Sendo assim...

Objectivo (Fevereiro): Deixar de alimentar relações já há muito terminadas.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Porque gosto quando me acordas com cócegas no nariz.
Porque gosto do cheiro das tuas mãos.
Porque gosto de acordar com uma mensagem tua, quando não estou em casa.
Porque respeitas o meu silêncio.
Porque gosto quando estamos com sono e rimos muito, sem motivo nenhum.
Porque me lembro de correr para ti quando fazia um arranhão.
Porque gosto de ser parecida contigo.
Porque sabes sempre o que eu preciso quando estou doente.
Porque gosto de pudermos vestir a roupa uma da outra.
Porque és a pessoa mais frágil que alguma vez conheci, mas que age como a mulher mais forte á face da Terra.
Porque fazes a minha comida preferida quando vou para casa.


Porque conheces os meus gostos como inguém.
Porque confias em mim os teus maiores segredos.
Porque eu sei o quanto sempre foi difícil.
Porque eu sei que não fui, nem criança, nem adolescente, fácil.
Porque a tua voz é o meu melhor refúgio, quando o cansaço e a frustração marcam presença.
Porque sinto o teu orgulho em cada conquista minha.
Porque sei que amas, que deste, e dás o melhor de ti para que cada dia seja melhor.
E por muitas outras coisas.
Mas principalmente porque te amo.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Deixas-me ficar Para Sempre na Tua Vida?

"A Esperança vê o invisível
Sente o inatingível
Alcança o Impossível."
Deixas-me ficar para sempre na tua vida?

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Beijo

"Não posso deixar que te leve
O castigo da ausência,
Vou ficar a esperar
E vais ver-me lutar
Para que esse mar não nos vença.
Não posso pensar que esta noite
Adormeço sozinho,
Vou ficar a escrever,
E talvez vá vencer
O teu longo caminho.

Quero que saibas
Que sem ti não há lua,
Nem as árvores crescem,
Ou as mãos amanhecem
Entre as sombras da rua.

Leva os meus braços,
Esconde-te em mim,
Que a dor do silêncio X 2
Contigo eu venço
Num beijo assim.

Não posso deixar de sentir-te
Na memória das mãos,
Vou ficar a despir-te,
E talvez ouça rir-te
Nas paredes, no chão.
Não posso mentir que as lágrimas
São saudades do beijo,
Vou ficar mais despido
Que um corpo vencido,
Perdido em desejo.

Quero que saibas
Que sem ti não há lua,
Nem as árvores crescem,
Ou as mãos amanhecem
Entre as sombras da rua. "

Pedro Abrunhosa

sábado, 16 de janeiro de 2010

Eu Não Sei...

Eu gostava de entender. Eu gostava de conseguir mesmo entender. Juro. Gostava mesmo de compreender a razão de tantos acontecimentos.
Porquê? Porque é que acontece sempre assim? Porque é que eu sinto sempre desta forma? Porque é o final é sempre o mesmo? Porque é que, ande por onde andar, faça o que fizer, seja com quem for, tudo leva a um rumo semelhante?
Como é que se aprende a viver melhor? Como é que se procura uma nova solução quando todas já foram esgotadas?
Eu só queria que corresse melhor…mesmo que seja só uma vez, para eu saber como era…não perder, não lutar em vão, não receber a mesma resposta depois de tanto.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Ás Vezes é Assim...

Não Há Estrelas No Céu

Não há estrelas no céu a dourar o meu caminho,
Por mais amigos que tenha sinto-me sempre sozinho.
De que vale ter a chave de casa para entrar,
Ter uma nota no bolso pr'a cigarros e bilhar?

[Refrão]
A primavera da vida é bonita de viver,
Tão depressa o sol brilha como a seguir está a chover.
Para mim hoje é Janeiro, está um frio de rachar,
Parece que o mundo inteiro se uniu pr'a me tramar!

Passo horas no café, sem saber para onde ir,
Tudo à volta é tão feio, só me apetece fugir.
Vejo-me à noite ao espelho, o corpo sempre a mudar,
De manhã ouço o conselho que o velho tem pr'a me dar.

[Refrão]

Hu-hu-hu-hu-hu, hu-hu-hu-hu-hu.

Vou por aí às escondidas, a espreitar às janelas,
Perdido nas avenidas e achado nas vielas.
Mãe, o meu primeiro amor foi um trapézio sem rede,
Sai da frente por favor, estou entre a espada e a parede.

Não vês como isto é duro, ser jovem não é um posto,
Ter de encarar o futuro com borbulhas no rosto.
Porque é que tudo é incerto, não pode ser sempre assim,
Se não fosse o Rock and Roll, o que seria de mim?

[Refrão]

Não há-á-á estrelas no céu...

Rui Veloso
Composição: Carlos Tê/Rui Veloso

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Que calhau!

Por vezes a vida coloca-nos verdadeiramente á prova. Parece até que escolhe o momento a dedo… Que escolhe o momento de maior fragilização, de mais desorientação, para nos meter (quase como um presente de Natal atraso) uma pedra no sapato. Uma pedra? Minto. É um verdadeiro calhau, uma rocha das mais resistentes!
Ficamos assim…com um sentimento desconfortável, com um medo disfarçado nas tarefas do dia – a – dia, meio enrolado em gargalhadas e frases do tipo “Tem calma!”, “Vais ver que não é nada!” ou “Estou aqui se precisares!”.
Poing!!! Resposta errada! Nada é assim. Nada é assim quando decides enfrentar as coisas com a total lucidez. Nada é assim quando sentes que, acto a acto, hora a hora, a pedra/calhau/rocha vai aumentando de tamanho.
Só consegues perceber a dimensão dos teus actos quando, num só momento, vês que já nada pode ser como no segundo anterior.