terça-feira, 14 de setembro de 2010

Ruído

Porque é que às vezes, na maioria delas aliás, não consigo ralhar? Porque é que não reajo? Porque é que não falo?
Mesmo quando já não consigo ouvir nem mais uma sílaba. Mesmo quando dentro de mim está a crescer um furacão. Mesmo quando só tenho vontade de gritar “Pára!”, ou “Cala-te!”, ou “Chega!”, ou “Não é nada disso!” Mesmo quando as lágrimas já balançam nos meus olhos.
Porquê? Porque é que não faço nada? Porque é que procuro dezenas de estratégias por minuto para me controlar, em vez de agir?
Porque é que só grito, ralho, reclamo, defendo, depois de me destruir?

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