domingo, 22 de agosto de 2010

E Ponto Final!

Acho que existem momentos em que me esqueço de como se fazem as coisas por estes lados.
E então é necessário redefinir prioridades. Rever objectivos. Meios para atingir metas. Lembrar-me de quem sou, de quem quero ser. Lembrar-me de como tornei os obstáculos em hábito, lidando com eles apenas o suficiente para conseguir avançar no tempo sem dificuldades extremas. Lembrar-me de que nunca se espera mais do que aquilo que se possui, muito menos em situações de “crise emocional” sem previsão de melhoria. Lembrar-me que depois de acordar não há mais margem de fuga. É hora de enfrentar, acalmar prantos, desmistificar dramas, ir arrumando assuntos e eliminar possíveis origens de problema. Lembrar-me que em determinados momentos não conseguimos mesmo controlar o desenrolar dos acontecimentos.
Lembrar-me que há sempre uma altura em que vais e ponto final.
Liliana Correia, lembra-te de quem és e de como és aqui.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Apenas a Pedir...

Eu gostava só de ser normal. Ser tratada como igual e sentir que sou respeitada, tal e qual como sou. Não quero ser mais nem menos, não quero que tenham imensos cuidados com a minha pessoa, não quero que deixem de brincar.
Só gostava (e atenção, não estou a reclamar ou a exigir, estou apenas a pedir, da forma mais sincera e humilde que consigo) que um dia conseguissem estar, conviver e falar comigo sem que antes, depois ou durante, me fizessem sentir gozada, humilhada ou inferior. Mesmo que demorassem uns bons tempos a conseguir, porque eu sei que o hábito tem muita força, eu gosta de saber como é, de sentir que finalmente, vou ser respeitada.
Eu percebo! Juro que sim. Quando somos crianças existem determinados valores, como o respeito, a compreensão ou a amizade, que ainda não estão incutidos. Quando somos crianças gostamos de aproveitar todas as oportunidades para nos divertirmos, mesmo que isso implique ver um de nós a sofrer. Quando somos crianças não percebemos que existem alguns de nós que, por um motivo ou por outro, têm determinado problema de saúde, demasiado visível para que seja impossível de se reparar, comentar ou fazer disso divertimento.
Mas quando temos mais de vinte anos, desculpem, mas conseguimos perceber muito bem tudo isto. Quando temos mais de vinte anos, não consigo compreender como é que um divertimento, ou gozo nosso, implica o sofrimento, na maioria das vezes bem perceptível, de alguém. Quando temos mais de vinte anos, já não estamos a assimilar valores, estamos a viver em sociedade, e somos responsáveis por aquilo que fazemos de plena consciência.
Eu quando era criança passei por várias “fases”. Primeiro percebi que efectivamente tinha algo diferente, mas que por isso não deixava de ser igual a todos os outros. Depois percebi que era mesmo diferente…era impossível não ser, pela forma como era excluída de brincadeiras, pelos nomes que me chamavam, pelo que de mim diziam, pelo gozo que tinham ao me deitar ao chão, roubar coisas, imitarem-me… Quando eu era criança todos os dias de manhã desejava ir para uma escola diferente, num sítio diferente, com pessoas que me deixassem brincar com elas. Quando eu era criança imaginava sempre que a minha professora os ia mandar calar, ou que os meus pais iam lá à escola e lhes batiam (porque eles corriam sempre mais que eu, tinham sempre mais força que eu, batiam-me sempre mais).
Agora, ainda não tenho mais de vinte anos, mas estou quase lá, e algumas coisas mudaram. Sou convidada para as festas, os jantares, os cafés e as saídas. Não me batem nem roubam coisas, e eu corro sempre mais. Mas continuo a sentir-me diferente, pelos nomes que me chamam, pelo que dizem, pela forma como me olham ou falam de mim paralelamente. E com quase vinte anos, eu gostava só de ser normal. Ser tratada como igual e sentir que sou respeitada, tal e qual como sou. Não quero ser mais nem menos, não quero que tenham imensos cuidados com a minha pessoa, não quero que deixem de brincar. Quero só ser respeitada

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Como?

A felicidade é um estado tão momentâneo, que quase chegamos a não senti-lo. Surge e desaparece com rapidez...como um passo, um sopro ou um estalar de dedos. Aproveitar cada momento não nos basta, quando todos os momentos nos são retirados, sem previsão ou compaixão.
Qualquer bola de neve atinge o seu limite. O limite que a faz rebentar nas nossas mãos, sem que tenhamos tempo para assimilação, sem que os nossos actos consigam ser ponderados, sem que consigamos encontrar um porto seguro.
Eu não peço para que a felicidade seja um estado demasiado duradouro. Só não quero que a sua base seja uma ilusão.

domingo, 1 de agosto de 2010

Um Objectivo Por Mês

Objectivo (Agosto): Organizar o pensamento (e tudo o que ele produz).