quarta-feira, 29 de julho de 2009

"A Estrada Não Trilhada"

"Num bosque, em pleno Outono, a estrada bifurcou-se,
Mas, sendo um só, só um caminho eu tomaria.
Assim, por longo tempo eu ali me detive,
E um deles observei até um longe declive
No qual, dobrando, desaparecia...

Porém tomei o outro, igualmente viável,
E tendo mesmo um atractivo especial,
Pois mais ramos possuía e talvez mais capim,
Embora, quanto a isso, o caminhar, no fim,
Os tivesse marcado por igual.

E ambos, nessa manhã, jaziam recobertos
De folhas que nenhum pisar enegrecera.
O primeiro deixei, oh, para um outro dia!
E, intuindo que um caminho outro caminho gera,
Duvidei se algum dia eu voltaria.

Isto eu hei-de contar mais tarde, num suspiro,
Nalgum tempo ou lugar desta jornada extensa:
A estrada divergiu naquele bosque – e eu
Segui pela que mais ínvia me pareceu,
E foi o que fez toda a diferença."
Robert Frost

domingo, 26 de julho de 2009

Serás tu!

Um dia vou escrever um livro sobre ti. Daqueles livros que têm uma história, com princípio, meio e fim, que são divididos em capítulos e que no final nos dão uma sensação de termos adquirido algo novo.
Escrever faz parte de mim, quase, desde sempre. Tenho dezenas de cadernos com poesias e historinhas que escrevi durante os meus primeiros anos de escola. A minha adolescência, especificamente aquela fase das descobertas, dramas, ansiedades, angústias e comportamentos desapropriados, está toda relatada em diários exaustivos, textos desorientados e poemas sentimentalistas. Com quinze anos, quando fui convidada para a Rádio Voz de Alenquer, percebi que, o que para mim era uma forma de expressão e de autoconhecimento, os outros atribuíam valor. Assim, fui “obrigada” a começar a escrever sobre temas e assuntos que não me diziam directamente respeito, mas sobre os quais expressava a minha opinião.
Foi uma altura estranha. Cresciam telefonemas e e-mails dos ouvintes para mim. Discutiam, de forma positiva, comigo aquilo que eu criticava, concordava ou sugeria. Comecei a ter consciência que aquilo que dizia, mexia com as pessoas, despertava nelas sentimentos e opiniões. Isso foi importante. Incentivava-me a fazer mais e melhor. A minha saída da rádio não foi muito bem aceite. Mas sentia que tinha deixado de fazer sentido. Como uma etapa que termina.
Martinha Duro foi a responsável pelos concursos em que participei, e ganhei, de seguida. Mas nunca quis aventurar-me demasiado. Escrevo para mim e por mim, porque sinto necessidade, porque quero registar um momento ou porque sinto prazer.
Mas nada nem ninguém me deu tanta vontade, gozo e satisfação a escrever como tu. A dimensão dos momentos e dos acontecimentos que te envolvem, transcendem qualquer emoção ou sentimento que até agora transpus para o papel.
Por isso, tenho a certeza, que um dia irei querer, ou melhor, irei conseguir (porque agora já quero) escrever um livro sobre ti. Espero conseguir transmitir com exactidão todo o valor que a tua experiência de vida, o teu ser e a tua alma possuem.
E quando o escrever, será um presente para ti. E será o melhor presente que darei a alguém.

sábado, 25 de julho de 2009

Hey!

Ter tempo livre é uma coisa horrível. Deixa-nos espaço a mais na mente. As ideias, os pensamentos, as atitudes, os amigos, os conhecidos, os desejados, os distantes, os familiares, os acontecimentos, os desejos, os aborrecimentos, as chatices e tantas outras coisas andam para aqui às voltas, a uma velocidade exuberante e descontrolável.
Resultado: confusão, incerteza, consciencialização, medo, conclusões, precipitações, cansaço, recuos…
Hey…vocês aí dentro…podem parar por favor? Obrigadinha!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Um Objectivo por Mês

A partir de agora, a cada dia 1, irei lançar uma espécie de desafioa mim mesma...um objectivo, não de momento, mas a longo prazo. Serão pequenos desejos, ambições ou realidades que necessitam de uma mudança.
Cá vamos nós!


Objectivo: Agir com mais humildade, não só nas acções que desenvolvo, mas também por aquilo que me esforço. A humildade é uma das chaves do bom desempenho, e muitas vezes sinto que primo por falta dela. Não pode ser.