quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Um Objectivo por Mês

Bem...ano novo, vida nova não é?

O meu primeiro desejo, aquele da primeira passa, é o meu objectivo do primeiro mês de 2010...os restantes onze desejos são só para mim... :)

Objectivo (Janeiro): Aprender a estabelecer limites: numa relação,o espaço é tão importante como a presença.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Amnésia!

Somos selectivos em tudo. Talvez por uma questão prática, mas a maioria das coisas é memorizada de acordo com as nossas necessidades imediatas, a maioria das palavras ganha o significado que melhor nos satisfizer no momento. A vida tem a cor do nosso estado de espírito….um dia rosa, outro amarela, outro castanha, outro preto...
Tu és aquilo que fazes naquele momento. Em privado ou em público. Com amigos ou desconhecidos. Em casa ou na rua. Vales o valor das tuas palavras ou dos teus gestos. Vale a última palavra, vale o último gesto. Vale o último olhar, vale a última marca.
As palavras prenunciadas nas dezenas de dias por que já passámos, os momentos partilhados, os olhares cúmplices, o empenho ou o trabalho feito é apagado da memória. Até aquilo que és, aquilo que sabem de ti, é esquecido. Mesmo que seja somente uma amnésia “por simpatia” ou “por conveniência”, tudo isso é colocado de lado no exacto momento em que fracassas. No momento em que estás demasiado esgotado para continuares, em que as palavras e os gestos não são os mesmos, em que não te empenhas nem trabalhas, não ajudas nem falas, não és tu nem és ninguém, simplesmente porque não consegues…mesmo que esse momento dure apenas umas horas e que voltes a ser tu nas horas seguintes… não importa. São essas as palavras, são esses os gestos que te vão definir, aos olhos dos outros, de agora em diante.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Só para a minha Madrinha Jú...


“Só se pode dar quem arriscar sentir…”


“É que eu quero-te tanto…é sempre mais do que eu te sei dizer…”


“És uma espécie de outra margem de mim…”


“Era talvez um tempo de te amar…Era talvez um tempo de sentir…”


“Brindas sonhos ao relento… como quem junta os pedaços entre a loucura e a razão.”


“A forma da tua mão em mim…”


“E tu que sabes tanto de mim…tu que sentes quem eu sou…”


“Se eu podia viver sem ti? Podia, mas não seria a mesma coisa!”



terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Um Objectivo por Mês

Objectivo (Dezembro): Fidelidade aos meus princípios, áquilo que sou.

sábado, 28 de novembro de 2009

Gosto Tanto!

Hoje acordei com beijinhos. Beijinhos com cheiro a cereais. Vesti o meu robe e calcei as pantufas. Na cozinha, parecia que estava a minha espera, café e pãozinho quentinho. E o jornal Expresso...prontinho para me fazer despertar para a realidade do meu mundo.
O resto do dia pode resumir-se muito facilmente: eapalhei os meus papéis pela mesa da sala, liguei o computador, acendi a lareira, continuei com o pijama, o robe, as pantufas...e trabalhei, entre o computador e a internet, enquanto recebia beijinhos e abraços que só os irmãos mais novos sabem dar!
Porque há coisas que só a casa dos pais é capaz de dar :)

sábado, 21 de novembro de 2009

O Elefante Acorrentado

— Não consigo — disse-lhe. — Não consigo!

— Tens a certeza? — perguntou-me ele.

— Tenho! O que eu mais gostava era de conseguir sentar-me à frente dela e dizer-lhe o que sinto… Mas sei que não sou capaz.

O gordo sentou-se de pernas cruzadas à Buda, naqueles horríveis cadeirões azuis do seu consultório. Sorriu, fitou-me olhos nos olhos e, baixando a voz como fazia sempre que queria que o escutassem com atenção, disse-me:

— Deixa-me que te conte…

E sem esperar pela minha aprovação, o Jorge começou a contar.

Quando eu era pequeno, adorava o circo e aquilo de que mais gostava eram os animais. Cativava-me especialmente o elefante que, como vim a saber mais tarde, era também o animal preferido dos outros miúdos. Durante o espectáculo, a enorme criatura dava mostras de ter um peso, tamanho e força descomunais… Mas, depois da sua actuação e pouco antes de voltar para os bastidores, o elefante ficava sempre atado a uma pequena estaca cravada no solo, com uma corrente a agrilhoar-lhe uma das suas patas.

No entanto, a estaca não passava de um minúsculo pedaço de madeira enterrado uns centímetros no solo. E, embora a corrente fosse grossa e pesada, parecia-me óbvio que um ani­mal capaz de arrancar uma árvore pela raiz, com toda a sua força, facilmente se conseguiria libertar da estaca e fugir.

O mistério continua a parecer-me evidente.

O que é que o prende, então?

Porque é que não foge?

Quando eu tinha cinco ou seis anos, ainda acreditava na sabedoria dos mais velhos. Um dia, decidi questionar um professor, um padre e um tio sobre o mistério do elefante. Um deles explicou-me que o elefante não fugia porque era amestrado.

Fiz, então, a pergunta óbvia:

— Se é amestrado, porque é que o acorrentam?

Não me lembro de ter recebido uma resposta coerente. Com o passar do tempo, esqueci o mistério do elefante e da estaca e só o recordava quando me cruzava com outras pessoas que também já tinham feito essa pergunta.

Há uns anos, descobri que, felizmente para mim, alguém fora tão inteligente e sábio que encontrara a resposta:

O elefante do circo não foge porque esteve atado a uma estaca desde que era muito, muito pequeno.

Fechei os olhos e imaginei o indefeso elefante recém-nascido preso à estaca. Tenho a certeza de que naquela altura o elefantezinho puxou, esperneou e suou para se tentar libertar. E, apesar dos seus esforços, não conseguiu, porque aquela estaca era demasiado forte para ele.

Imaginei-o a adormecer, cansado, e a tentar novamente no dia seguinte, e no outro, e no outro… Até que, um dia, um dia terrível para a sua história, o animal aceitou a sua impotência e resignou-se com o seu destino.

Esse elefante enorme e poderoso, que vemos no circo, não foge porque, coitado, pensa que não é capaz de o fazer.

Tem gravada na memória a impotência que sentiu pouco depois de nascer.

E o pior é que nunca mais tornou a questionar seriamente essa recordação.

Jamais, jamais tentou pôr novamente à prova a sua força…

— E é assim a vida, Damião. Todos somos um pouco como o elefante do circo: seguimos pela vida fora atados a centenas de estacas que nos coarctam a liberdade.

Vivemos a pensar que «não somos capazes» de fazer montes de coisas, simplesmente porque uma vez, há muito tempo, quando éramos pequenos, tentámos e não conseguimos.

Fizemos, então, o mesmo que o elefante e gravámos na nossa memória esta mensagem: «Não consigo, não consigo e nunca hei-de conseguir.»

Crescemos com esta mensagem que impusemos a nós mesmos e, por isso, nunca mais tentámos libertar-nos da estaca.

Quando, por vezes, sentimos as grilhetas e as abanamos, olhamos de relance para a estaca e pensamos:

Não consigo e nunca hei-de conseguir.

O Jorge fez uma longa pausa. Depois, aproximou-se, sentou-se no chão à minha frente e prosseguiu:

— É isto que se passa contigo, Damião. Vives condicionado pela lembrança de um Damião que já não existe, que não foi capaz.

»A única maneira de saberes se és capaz é tentando novamente, de corpo e alma… e com toda a forca do teu coração!

Jorge Bucay

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Eu gosto de sonhar!

“O meu sonho era ir ao futuro ver como eu e os meus amigos seríamos” Mafalda, 6 anos.

“O meu sonho era ter um cão lavrador preto.” Maria, 8 anos.

“Ontem sonhei que era modelo e que estava a desfilar na “passerela”.” Natacha, 8 anos.

“O meu sonho era ser dono de mil lojas de brinquedos.” João, 8 anos.

“O meu sonho é ser cantora e aparecer na televisão” Joana, 7 anos.

“Quando tenho sonhos, o barulho das ondas ajuda-me a adormecer.” Maria, 10 anos.

“O meu sonho favorito era ser cavalo marinho.” Sara, 8 anos.

“O meu sonho era que os mares estivessem limpos.” Beatriz, 6 anos.

É fácil não é?

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Um Objectivo por Mês

Objectivo (Novembro): Um conselho é um conselho e não uma exigência. E ninguém tem o direito de me cobrar o seu "seguimento".

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

O amor nasce não sei onde.
Sobrevive sem grande complexidade.
O essencial é sentir. Sentir em conjunto.
Sempre em conjunto.
Se o conjunto não for mais um conjunto...o amor morre não sei onde, com a mesma simplicidade com que nasceu, mas agora acompanhado de uma dor.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Não é egoísmo. Não é. Não sei o que é na verdade. Não quero acreditar que a sinceridade terminou. Não tenho certeza. Não tenho segurança. Tentei não sentir, não aceitar, não ver. Dói. E é uma dor difícil.
Ponho-me em causa.
Vazio. Medo. Assustam-me.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

sábado, 3 de outubro de 2009

Um Objectivo Por Mês

Objectivo (Outubro): Desempenhar o melhor possível o meu novo papel, o de madrinha!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Eu Amo e Adoro a Praxe!!

Em Setembro de 2008 tornei-me estudante universiotária, no curso que eu queria (Educação Básica), na cidade que eu queria (Leiria), o que desde já é um previlégio. Durante um ano fui caloira, ou melhor, fui Besta, depois Caloira, depois Corvo e, finalmente, semi-doutora! Digo finalmente porque, qualquer estudante quando é caloiro deseja puder trajar, encher a sua capa de emblemas, as suas lapelas de pin’s e pom-pons, deseja chegar ao momento em que, em vez de ser praxado, vai praxar!
Mas voltando atrás…cheguei a Leiria sozinha, sem conhecer ninguém, sem os meus pais, sem os meus irmãos, sem os meus amigos. Cheguei a um quarto, a uma residência, cheguei a uma cidade e escola novas, cheguei com medo e receio das praxes…com um sentimento de “vazio”. Mas cheguei também com uma alma a rebentar de desejos, expectativas, vontade de conhecer e viver…de ser estudante e de pertencer a uma vida académica!
Adorei ser praxada…de verdade! De coração! Sim chegava a casa cansadíssima, sim andava sempre toda suja, sim doíam-me os joelhos e as costas, sim por vezes sentia-me farta de ouvir ordens e gritos, sim não gostei de algumas coisas que me fizeram, de algumas pessoas que me praxaram. Mas corri, saltei, rebolei, gritei, cantei, sujei-me, atirei ovos, farinha e iogurte…diverti-me aos montes, ria-me das figurinhas que fazia…conheci as ruas, a história, os lugares e as pessoas de Leiria. Aprendi as músicas, os gritos e o orgulho em ser uma EB. Conheci semi-doutores, Doutores, Madrinhas e amigas que foram essenciais na minha adaptação e integração.
A praxe foi fundamental no inicio da “minha construção” em Leiria. A praxe, as festas, o Terreiro, o Beat, os Arraiais, os Karaokes, o baptismo, a bênção do caloiro…a recepção ao caloiro, a semana académica, os jantares…as tunas! Só quem passa por uma vida académica entende…só quem vive ao máximo o seu ano de caloiro sabe a sensação que é trajar… A Serenata foi sem dúvida um dos melhores momentos: vestir o Traje pela primeira vez, ouvir o “Linda Leiria” trajado…puder contar com amigos e familiares nesse momento!
Foi tudo muito rápido…tudo aconteceu a alta velocidade e tudo foi vivido com as emoções á flor da pele. Construi amizades que se vivem de forma muito intensa…somos uma pequena, mas grande, família em que é impossível descrever tudo o que é partilhado.
Enfim…ser caloira já lá vai! Agora a responsabilidade aumentou…sou eu que recebo caloiros com receios e expectativas, sou eu que dou a conhecer a escola, o curso, a cidade…são as minhas atitudes e a minha disponibilidade que fazem a diferença na sua construção…porque eu sei o que um pequeno gesto pode fazer…
Não é melhor nem pior, é apenas diferente. Continua a mexer com as nossas emoções, continua a ser especial, mas já estamos “do outro lado”… Agora sinto o bom que é ouvir “Queres ser minha madrinha?”. Agora vejo “os meus caloiros” a crescer e a ganharem asas…
Leiria é Leiria! Os amigos e as pessoas de Leira, a independência, a vida académica…”Leira: Cidade dos sonhos!”

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Para Ti...Melhor Amiga!



Lembro-me do meu primeiro dia na escola primária...estavas lá tu, num cantinho, cheia de medo como eu. Lembro-me do meu primeiro dia no 5ºano...também lá estavas...mas agora já tinhamos mais vontade de crescer. No secundário começamos a seguir caminhos distintos. Na faculdade continuamos cada uma no seu rumo...mas muito pouco mudou entre nós, e o que mudou, foi para melhor.



Passamos semanas sem trocar uma única mensagem, mas quando a trocamos, sentimos exactamente o mesmo que da última vez. Podemos não saber como está a outra, mas temos a certeza de que nos pertence.



És a melhor. Sempre foste. Nestes anos, passaram tantas pessoas por mim, por ti, por nós, mas há um momento em que volta tudo, mesmo tudo, somente ao nosso "pequeno mundo" onde (desculpem pessoal! :-p) ninguém consegue entender a maioria das coisas.

Por muitas coisas
-A profesora Mº José na primaria;

-Os jogos do "Mata" no 4ºano;

-Os bilhetinhos nas aulas;

-As gomas no Club Video a caminho de casa;

-A curta distância entre as nossas casas;

-Os Evanescense, Shakira, Britney...

-As aulas de Ed. Física em que não faziamos nada de jeito;

-As noitadas em casa uma da outra!

-Os espirros que a minha gata desencadeia em ti;

-As corridas de manhã;

-Os milhentos abraços, raspanetes, lágrimas, gargalhadas, parvoices, tolices, erros, vitórias que já partilhámos...

- Frases como "A banana está seca!" ou "A Manteiga está mole!";

-As sessões fotográficas...

-As sessões de estudo...
-Ávinho;

-Os filmes malucos nos teus anos;

-O desejo de sair de Aveiras;

-Os sonhos;

-O nascimento dos mues irmãos;

-A "partida" de pessoas que amamos;

-Leiria vs Tomar;

-...



Obrigado melhor amiga! Amo-te!


(Se eu me esquecer de algo importantes, podes dar sugestões :-p)




terça-feira, 1 de setembro de 2009

Um Objectivo por Mês

Objectivo: Não falhar com que amo, afinal "Somos responsáveis pelos que cativamos", hoje e sempre.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

As Coisas Mudam. Nós Também.

Os amigos são, sem dúvida, aqueles que fazem de nós pessoas melhores.
A vida muda constantemente e, consequentemente, as relações e as pessoas também. Nada permanece igual por muito tempo. É assim que construimos o que queremos e somos. Ás vezes custa...vá...na maioria das vezes custa, mas não significa o fim.
Connosco foi assim...as coisas mudaram e "nós" não conseguimos ser mais aquilo que éramos. Continuamos a existir juntos, continua a existir um "nós", mas diferente. E isso não tem de ser encarado como algo negativo.
O amor que por ti sinto não mudou, nem um bocadinho, tal como a amizade, a cumplicidade e a admiração e isso basta.
Continuamso a frequentar os mesmos lugares, a possuir as mesmas fraquesas, a mandar as mesmas mensagens, a procurar a mesma compreensão. Continuamos a despedirmo-nos durante horas em frente ao meu portão. Continuamos a dar os mesmos abraços, com cócegas e gargalhadas.
Sim...estivémos quase no fim.Deixámos de lutar algumas vezes. Não nos perdoámos outras. Não estamos bem, e sabemos que não vamso estar.
Mas pertecemos um ao outro. Mas sabesmos que agora é diferente. Mas isso, já, não faz mal.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Não importa o quanto uma coisa nos magoa.
Ás vezes, deixá-la dói ainda mais.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Emocional...Racional...

Esbocei um leve e forçado sorriso. Passados alguns minutos fiquei de novo sozinha na mesa. Queria mesmo fechar os olhos e esquecer por momentos o meu dia.
Quando as luzes já têm muita luz, os barulhos já fazem muito barulho, as pessoas já são uma multidão, é sinal que foi um dia verdadeiramente inesperado, confuso e esgotante. Nem sei muito bem porquê. Talvez só não me sinta satisfeita comigo mesma, e isso muda tudo. Tudo mesmo.
Não consigo fazer para o meu pensamento. Incomoda-me o simples facto de saber que estou a pensar. Porque a seguir ao pensar, vem quase sempre o sentir. E eu não quero sentir. Não agora. Sentir é uma espécie de prova de que somos humanos. Um indivíduo que não exprima qualquer tipo de emoção não é considerado humano, no verdadeiro sentido da palavra, pelo menos na sociedade em que me habituei a viver.
Não gosto de não sentir. Mas muitas vezes é necessário fazê-lo, por uma questão de sobrevivência emocional. Fui-me treinando no que toca á resistência emocional, e nos últimos tempos tenho feito alguns progressos, mas ainda tenho de percorrer muito até chegar á perfeição, se é que ela existe. No fundo, trata-se de sentir somente quando é estritamente necessário e completamente inevitável. Todos os outros momentos devem primar pelo controlo e pela consciencialização de que uma emoção demasiadamente exagerada, colocará em causa a minha, tão prezada, protecção emocional, por assim dizer.
Consciencialização é mesmo o acto mais importante. Consciencialização do que sinto, do que sou, do que quero, da realidade que me envolve… Consciencialização de que preciso de me salvaguardar, mais do que salvaguardar tudo o resto.
Não fujo nem me escondo. Enfrento sempre que necessário, mas para o fazer não preciso de exercer a minha veia sentimentalista. Nunca saberei se estarei a agir do modo correcto, mas entre o sentimentalista e o racional, o racional sempre. Porque este continua a sentir, mas nos momentos apropriados, e o sentimentalista, com o decorrer do tempo, deixará de utilizar a razão.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Segundos...

O amor será sempre fugaz. Demasiado fugaz para o conseguirmos dominar. O amor será sempre um sentimento por definir e por alcançar. Porque falta sempre alguma coisa. Porque nunca apreendemos tudo o que necessitamos. Porque o amor é uma necessidade á qual ninguém sabe verdadeiramente responder.
Por vezes assustas-me. Faz-me lutar por algo que, sei, já perdi. Fazes-me sonhar por um pesadelo. Fazes-me voltar a trás, no caminho para o futuro. Por vezes sinto-me verdadeiramente envolvida. Perdida nos quilómetros em que navego, somente para chegar até ti. Apenas porque sei que te encontrarei no fim, mesmo que tudo não dure mais do que escassos segundos. Os segundos em que o mundo se encaixa todo no teu olhar, nas tuas mãos, na tua voz. Os segundos que alteram o meu rumo, mesmo que sejam apenas segundos. Banais, simples, únicos, valiosos segundos, em que o meu mundo é um local mágico e especial. Segundos antecipados por ansiedade, vividos de forma fugaz, seguidos de melancolia.
Não me importo. Nunca me importei. Não me importarei.
Existem alturas em que a estabilidade e a serenidade perdem a batalha. Existem momentos, mesmo que sejam segundos, que me fazem feliz durante meses, anos talvez. Apenas por recordá-los, apenas porque um dia existiram.
Viver não é existir. É saber existir.
E que não me digam que todo este sentimento é a minha veia de sonhadora a falar. Que é a felicidade, se não um conjunto de segundos como estes? Que é a felicidade, se não uma construção permanente, em tudo o que viemos e sentimos? Que é a felicidade, se não um coração cheio de coisas banais, simples, únicas, que se tornam especiais e com valor, por serem assim mesmo?
Não é nada. É uma procura constante, um desassossego inseguro que não sabe mais o que deseja.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Um Objectivo por Mês

Objectivo (Agosto): negligenciar-me a mim própria o menos possível, ou pelo menos, parar de o fazer em diversas atitudes. A longo-prazo.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

"A Estrada Não Trilhada"

"Num bosque, em pleno Outono, a estrada bifurcou-se,
Mas, sendo um só, só um caminho eu tomaria.
Assim, por longo tempo eu ali me detive,
E um deles observei até um longe declive
No qual, dobrando, desaparecia...

Porém tomei o outro, igualmente viável,
E tendo mesmo um atractivo especial,
Pois mais ramos possuía e talvez mais capim,
Embora, quanto a isso, o caminhar, no fim,
Os tivesse marcado por igual.

E ambos, nessa manhã, jaziam recobertos
De folhas que nenhum pisar enegrecera.
O primeiro deixei, oh, para um outro dia!
E, intuindo que um caminho outro caminho gera,
Duvidei se algum dia eu voltaria.

Isto eu hei-de contar mais tarde, num suspiro,
Nalgum tempo ou lugar desta jornada extensa:
A estrada divergiu naquele bosque – e eu
Segui pela que mais ínvia me pareceu,
E foi o que fez toda a diferença."
Robert Frost

domingo, 26 de julho de 2009

Serás tu!

Um dia vou escrever um livro sobre ti. Daqueles livros que têm uma história, com princípio, meio e fim, que são divididos em capítulos e que no final nos dão uma sensação de termos adquirido algo novo.
Escrever faz parte de mim, quase, desde sempre. Tenho dezenas de cadernos com poesias e historinhas que escrevi durante os meus primeiros anos de escola. A minha adolescência, especificamente aquela fase das descobertas, dramas, ansiedades, angústias e comportamentos desapropriados, está toda relatada em diários exaustivos, textos desorientados e poemas sentimentalistas. Com quinze anos, quando fui convidada para a Rádio Voz de Alenquer, percebi que, o que para mim era uma forma de expressão e de autoconhecimento, os outros atribuíam valor. Assim, fui “obrigada” a começar a escrever sobre temas e assuntos que não me diziam directamente respeito, mas sobre os quais expressava a minha opinião.
Foi uma altura estranha. Cresciam telefonemas e e-mails dos ouvintes para mim. Discutiam, de forma positiva, comigo aquilo que eu criticava, concordava ou sugeria. Comecei a ter consciência que aquilo que dizia, mexia com as pessoas, despertava nelas sentimentos e opiniões. Isso foi importante. Incentivava-me a fazer mais e melhor. A minha saída da rádio não foi muito bem aceite. Mas sentia que tinha deixado de fazer sentido. Como uma etapa que termina.
Martinha Duro foi a responsável pelos concursos em que participei, e ganhei, de seguida. Mas nunca quis aventurar-me demasiado. Escrevo para mim e por mim, porque sinto necessidade, porque quero registar um momento ou porque sinto prazer.
Mas nada nem ninguém me deu tanta vontade, gozo e satisfação a escrever como tu. A dimensão dos momentos e dos acontecimentos que te envolvem, transcendem qualquer emoção ou sentimento que até agora transpus para o papel.
Por isso, tenho a certeza, que um dia irei querer, ou melhor, irei conseguir (porque agora já quero) escrever um livro sobre ti. Espero conseguir transmitir com exactidão todo o valor que a tua experiência de vida, o teu ser e a tua alma possuem.
E quando o escrever, será um presente para ti. E será o melhor presente que darei a alguém.

sábado, 25 de julho de 2009

Hey!

Ter tempo livre é uma coisa horrível. Deixa-nos espaço a mais na mente. As ideias, os pensamentos, as atitudes, os amigos, os conhecidos, os desejados, os distantes, os familiares, os acontecimentos, os desejos, os aborrecimentos, as chatices e tantas outras coisas andam para aqui às voltas, a uma velocidade exuberante e descontrolável.
Resultado: confusão, incerteza, consciencialização, medo, conclusões, precipitações, cansaço, recuos…
Hey…vocês aí dentro…podem parar por favor? Obrigadinha!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Um Objectivo por Mês

A partir de agora, a cada dia 1, irei lançar uma espécie de desafioa mim mesma...um objectivo, não de momento, mas a longo prazo. Serão pequenos desejos, ambições ou realidades que necessitam de uma mudança.
Cá vamos nós!


Objectivo: Agir com mais humildade, não só nas acções que desenvolvo, mas também por aquilo que me esforço. A humildade é uma das chaves do bom desempenho, e muitas vezes sinto que primo por falta dela. Não pode ser.

sábado, 27 de junho de 2009

Papel de Dono

Falas.
Falas e ingnoras o que possa sentir.
Calas.
Calas quando mais te quero ouvir.
Choras.
Choras apenas para te abraçar.
Sorris.
Sorris quando me queres magoar.
Não passou de uma sensação
O teu olhar como reconforto,
Aquela (sensação) que punha o amor em estado morto,
Aquela que apenas desejava uma recordação.
A esperança sobrevive á frieza,
Á distância!
Nega até que exista ausência!
Não se chama abandono,
Nem tão pouco indiferença...
Mas desisti.
Não de ti. De nós.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

"A verdadeira generosidade para com o futuro,
consiste em dar tudo no presente"
Alberto Caeiro

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Eu Não Sabia

Eu não sabia que iria ser assim. Há uns meses, quando fiz as malas e parti, cheia de sonhos e expectativas, quando me despedi, mesmo sabendo que no próximo fim – de – semana voltaria, quando prometi a mim mesma que existiam coisas que nunca mudariam, eu não sabia que iria ser assim. Quando sai, quando tudo começou a acontecer…eu não sabia que iria ser assim.
Durante os últimos meses, os regressos e o “matar as saudades” foram diminuindo ao longo do tempo. Fui sentindo cada vez menos a falta de algumas coisas, fui deixando de procurar outras, mesmo que de forma inconsciente. As semanas foram passando e as mensagens, telefonemas, comentários no hi5 foram surgindo cada vez menos…apesar de ressentida, não dei muita importância, afinal era uma época de trabalho, com escassez de tempo, não só para mim, mas também para todos os outros.
Nos momentos em que a minha presença se notava por aqui, as diferenças também começaram a surgir: já não era chamada, informada ou desejada…sentia-o. Mas a minha realidade não era predominantemente esta, e eu fui deixando como que “para trás” todos os sentimentos de rejeição, desilusão, angústia ou exclusão. Mas não percebi que, no fundo, estava a deixar de lutar, que era como se estivesse a desistir daquilo que para mim era mais estável, mais seguro, mais certo. Os amigos de sempre, os lugares de há anos, os espaços que guardavam histórias inacabadas, as tardes simples, os jantares, as festas, as surpresas, os programas…tudo estava a deixar de fazer parte do meu dia – a – dia, e eu, mesmo que no momento imediato não tenha tido consciência disso, desisti. Desisti como alguém que não quer, que não ama, que está bem e feliz com o que acontece.
E como desisti…perdi. Mas eu não sabia que ia ser assim. Eu não sabia que tanta coisa ia mudar. Eu não sabia que iria sentir desta forma.

domingo, 21 de junho de 2009

"E a Sonhar...Devoramos o Mundo..."


Tudo começa com um pensamento. Um pensamento que vai rodando e correndo nos meus dias, que faz parte das minhas conversas e dilemas. Depois ganha forma: consegue transformar-se num desejo que vai aumentando até se moldar num plano. O plano, cheio de incertezas e brechas, passa á acção, e quando dou por isso já estou a caminhar em direcção a algo que quero. Não ambiciono, não sofro se não chegar lá. Apenas quero e esforço-me para isso.
Por vezes não chega a ser um pensamento nem um desejo. Passa dum impulso á acção, acção esta que nunca mais termina. Depois entro num “balançar”, entre passos em frente, condicionados por uma vontade de descoberta e conhecimento, e recuos, devido á insegurança e àquela ideia de que “quanto mais se sobre, maior é a queda”!
Sonho tanto, quero tanto, empenho-me tanto, procuro tanto…que existem momentos que somente a ideia de tudo cair a qualquer momento é o suficiente para meter insegurança em tudo. E o medo sempre foi, e será, o meu pior inimigo. Luto contra esse inimigo com o tal poder sonhador, e com uma enorme teimosia, aquela com a qual a minha mãe lutou durante toda a minha infância.
Sim, eu sei que na maioria das vezes voo mais do que aquilo que as minhas asas podem suportar, que quero demasiado, e que mesmo quando já tenho quase tudo…quero mais qualquer coisita… sei também que as minhas frustrações, ou desilusões, ou incertezas, são fruto deste “sonhar em demasia”, mas…tudo o que fiz, tudo o que consegui, tudo o que tenho, nasceu assim…a sonhar. E eu não sei viver sem sonhar.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

"Angel"

"Eu tenho um anjo
Ela não usa nenhuma asa
Ela usa um coração
Que pode derreter o meu
Ela usa um sorriso
Que me faz querer cantar
Ela me dá presentes
Só com a sua presença
Ela me da tudo que eu poderia desejar
Ela me da beijos
Só por voltar pra casa.

Ela pode fazer anjos
Vi isso com meus próprios olhos
Tome cuidado quando tiver um bom amor
Por que os anjos
Vão continuar se multiplicando.

Mas você está tão ocupada
Mudando o mundo
Só um sorriso
Pode mudar todo o meu.

Nós dividimos a mesma alma.
Oh, oh, oh, oh, oh, ohhh.

Nós dividimos a mesma alma.
Oh, oh, oh, oh, oh, ohhh.

Nós dividimos a mesma alma.
Oh, oh, oh, oh, oh, ohhh.

Oh, oh, oh, oh, oh, ohhh
Umm, umm, umm, uhhhhhhmm"

Jack Johnson

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Palvras para quê?

"O que é que interessa a surdez do ouvido se a mente ouve? Aquela que é a surdez, a surdez incurável, é a surdez da mente."
Vítor Hugo

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Menos

Menos pessoas interesseiras. Menos arrogância. Menos crueldade. Menos preconceito. Menos mania de superioridade...Menos tà? Poupamos as lágrimas, os momentos de raiva, a solidão. Poupamos coisas tão desnecessárias.
Porque não há motivo nem justificação. Não há mais forma de suportar. Porque eu continuo a gostar....

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Bem - Guardado!

Existem momentos que deveriam ser possíveis de guardar um qualquer compartimento, permitindo a sua repetição, apenas como impulsionadores de felicidade. Se tal fosse permitido, a tua voz seria certamente um “bem de primeira necessidade” desse compartimento.
A tua voz, os momentos em que te vejo/ouço cantar e tudo o que daí advém estariam nesse cantinho: a forma particular como agarras no microfone, o brilho que o teu olhar (na maioria das vezes cansado) ganha quando cantas, os gritos das pessoas a chamar o teu nome, os inúmeros braços no ar, o coro geral no refrão. Também não deixaria escapar tudo o que sinto nesses momentos, porque é mesmo especial, mesmo arrepiante. É a Ana Esperança no seu estado mais puro. A tua essência poderia perfeitamente ser representada pela palavra “música”.
Mais importante do que qualquer música cantada por ti no karaoke, são todas as que cantas quando estamos sozinhas. A tua voz permanece segura, forte, cativante, envolvente…mas o momento é só, e apenas, nosso e isso muda tudo. Posso olhar-te directamente nos olhos, posso perguntar-te o que quiser, posso ouvir o que quiseres partilhar, posso pedir-te para me cantares o que quero ouvir…posso esquecer por minutos que existe todo um mundo á nossa volta, porque estamos a partilhar algo, para nós, com significado.
E mesmo no dia em que deixares de fazer parte do meu dia-a-dia, a tua voz continuará em mim, visto ter marcado presença em todos os momentos partilhados contigo e que me fizeram amar-te ainda mais.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Posso?

Posso-me esconder? Fingir que ninguém me chama, me manda mensagens ou precisa de mim? Posso deitar-me na minha cama e chorar sem ninguém saber? Posso chamar a minha mãe e ir para o colo dela? Posso querer um abraço dos meus amigos? Posso desistir das coisas que me fazem doer, sem me preocupar com os outros? Posso pedir para pararem de me magoar? Posso simplesmente não agir? Posso parar de lutar, quando as forças se vão?
Não! Não posso...Mas hoje queria tudo isso. Só hoje.

domingo, 3 de maio de 2009

Vida Universitária

COISAS QUE DEVES SABER ANTES DE ENTRAR NA FACULDADE:
1. Não importa a que horas é a primeira aula, vais dormir durante ela;
2. Vais mudar completamente e nem vais notar;
3. Podes amar várias pessoas de maneiras diferentes;
4. Estudantes Universitários também mandam aviões de papel durante as aulas;
5. Só vais conhecer alguns dos professores no dia do exame;
6. Cada relógio do prédio tem uma hora diferente;
7. Se eras inteligente no secundário... a inteligência deve ter ficado por lá;
8. Não importa tudo o que prometeste quando passaste no exame, vais às festas da faculdade, mesmo que sejam na noite anterior a prova final;
9. Podes saber a matéria toda e a prova correr-te mal;
10. Podes não saber nada da matéria e tirar dez;
11. A tua casa é o ultimo lugar para visitar;
12. A maior parte do conhecimento que adquires é fora das aulas;
13. Se nunca bebeste, vais beber;
14. Se nunca fumaste, vais fumar;
15. Se nunca "fodeste", vais "foder";
16. Se não fizeres nada disto durante a faculdade, não o farás nunca mais na vida, a não ser que andes de novo na faculdade;
17. Vais tornar-te numa daquelas pessoas que os teus pais te dizem para não conhecer;
18. Psicologia é na verdade Biologia;
19. Biologia é na verdade Química;
20. Química é na verdade Física;
21. Física é na verdade Matemática;
22. Matemática continua a ser uma "merda";
22. Ou seja: mesmo depois de tantos anos de estudo, não vais saber nada e vais acabar o curso a pensar que não estás preparado;
23. Vais descobrir que depressão, solidão e tristeza não são coisas de quem não tem nada para fazer;
24. Vais prometer sempre que no próximo semestre estudas mais, prestas mais atenção as aulas e vais a menos festas, mas vai acontecer sempre o contrário;
25. Ter um zero é perfeitamente normal;
26. As únicas coisas que compensam na faculdade são os amigos que vais fazer;
27. Não veras a hora de terminar a faculdade;
28. E quando acabar, perceberás que foi a melhor época de toda a tua vida.

OS SINAIS DE QUE JÁ NÃO ESTÁS NA FACULDADE:
1. Fazer sexo numa cama de solteiro é um absurdo;
2. Há mais comida do que cerveja no frigorifico;
3. 6:00 da manhã e a hora a que acordas, e não a hora a que vais dormir;
4. Ouves a tua música preferida num elevador;
5. Andas c/ guarda-chuva e dás uma maior importância à previsão do tempo;
6. Os teus amigos casam-se e divorciam-se em vez de andarem e acabarem;
7. As tuas férias passam de 130 para 26 dias por ano;
8. Calças de ganga e sweet não são consideradas roupa;
9. Chamas a polícia porque o jovem vizinho não sabe como baixar o som;
10. Deixas de saber a que horas os snack-bares fecham;
11. Dormir no sofa dá-te uma "puta" de dor nas costas;
12. Nunca mais dormiste do meio-dia às 6h da tarde durante a semana;
13. Vais à farmácia comprar um remédio para a dor de cabeça e anti-ácidos em vez de preservativos e testes de gravidez;
14. Tomas o pequeno-almoco a hora própria;
15. Mais de 90% do tempo que passas em frente ao computador estas a trabalhar;
16. Não bebes sozinho em casa, antes de sair, para economizar dinheiro p/a noitada;

O TEMPO PASSA DEPRESSA DEMAIS!!!

sábado, 18 de abril de 2009

Caracóis...

Detésto caracóis. Odeio, desprezo, fujo, corro...Medo, fobia...seja o que for! Detésto caracóis!
Mas, se pensarmos bem, eles até são uns animais cheios de sorte. Ora vejamos...
Andam sempre devagar, muito devagar. Os carros passam, as pessoas correm, as crianças pulam, os autocarros aceleram, ouvem-se buzinas, travagens, gritos, gagalhadas...acontecem acidentes, discussões, qedas... E os caracóis estão sempre no seu passo, como se nada acontecesse, lentamente chegam onde querem e nunca ninguém os culpa de chegarem atrasados. Sendo assim, jamais têm depressões, problemas cardiacos, hiperactividade ou qualquer outra
doença característica do Século XXI. Os caracóis, ao contrário de nós, não "andam sempre a correr", mas "andam a andar" e porvavelmente não lhes escapa nenhum promenor importante, não deixam nada para trás com falta de tempo, não se arrependem por fazer deerminada escolha sob pressão, tudo graças ao seu ritmo de vida.
No entanto, melhor do que o seu ritmo de vida, há outra característica ainda melhor: possuem uma carapaça! Á primeira vista pode parecer demasiado pesada, tendo em conta o ritmo a que se desloca, mas traz inumeras vantagens!
O facto do caracol se puder esconder do mundo quado quer é uma vantagem bem invejada por mim. Se um qualquer caarcor necessitar deum tempinho só paar ele, se quiser pensar, chorar ou dar gargalhadas sem ninguém ver, basta meter-se na sau carapaça e ninguém o incomoda. Os outros olham para a carapaç e nunca sabem se dentro dela está, ou não, alguém. E mais: ninguém o culpa por precisar de se esconder, ninguém lhe pede para voltar cá para fora quando ele não quer.

E eu, que detésto caracóis, gostava tanto de ter uma carapaça!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Amizade

Escreveria sobre ti sem parar. Descreveria cada momento que contigo passei até ao mais intímo promenor. Ria-me de cada discussão sem sentido. Chorava pelos meses sem abraços. Mas não. Quero apenas deixar aqui uma marca do que sou junto a ti, de nós.






Jardim - de Infância, escola primária, escola básica... Há uns anos atrás saimos, passávamos pelo Leitão, pelos Compadres, iamos ao Joel comprar umas tostas e ficávamos a conversar nos bancos do jardim, até chegar a hora de eu ir para casa..lembras-te? E quando trabalhamos juntos no McDonal's? E quando ficavas até ás tantas na minha casa e tinhamos de falar baixinho para não acordar ninguém? E...E...E... Foram tantas coisas.






Chateámo-nos. Não nos falámos. Passámos meses sem nos vermos, a quilómetros e quilómetros de distância. Chamadas telefónicas em cima de chamadas telefónicas. Tantas decisões que tomei assim...a ouvir os teus conselhos do outro lado, a sorrir porque recebi uma mensagem tua...




Mas nada disso importa...nem as parvoíces que fazemos, nem o que ainda está para vir.





Importa sim que ao teu lado sou mais feliz, sorrio mais, não tenho medo de fazer isto ou aquilo. Ao teu lado choro quando tenho que chorar. Ao teu lado a minha vida é um facto partilhado. Ao teu lado tenho orgulho num sentimento chamado "amizade". Ao teu lado tenho a certeza que ser amigo é uma forma de amar.






E tudo isto porquê? Porque fazemos parte um do outro. Porque és-me essencial.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Palavs para quê?

Depois de uma fraquência, entrando de férias...

1º- Pintar as unhas;
2º - Estar sentada á varanda a ver as vistas lá em baixo;
3º- Comer bolachas Maria;
4º - Ouvir música...
5º - Etc, etc...

Mas o mais importante...

1º - Sentir que gostam de nós;
2º - Receber mimos;
3º - Partilhar coisas meramente banais...
4º - Rir mesmo com vontade...
5º - Etc, etc...

E por fim...

"Hoje deste-me muito. Obrigada amiga. <3"

domingo, 5 de abril de 2009

Paulo Salvado


Há uns dias recebi a seguinte mensagem no meu hi5:


"Fico muito contente por teres entrado no mundo universitário.

Espero que tenhas muito sucesso e desejo-te muitas felicidades. Vais com certeza provar a todos que não és apenas mais uma aluna universitária, és a melhor delas. Tens capacidade para isso, tenho a certeza.

És uma mulher de convicções fortes, e tens força para lutar por elas.

Bjs e Good Luck!

Vamos falando no MSN.


Paulo Salvado"


Paulo Salvado foi meu professor de sociologia durante os meus 10º, 11º e 12º anos. Para além disso foi um daqueles seres únicos que me marcou muito pela positiva. Sempre presente, enigmático e com uma filosoia de vida muito prática, deixava qualuqer aluno sem amrgem para resposta, com as suas teorias e histórias.


Obrigado por acreditar stor!

sábado, 4 de abril de 2009

Liberdade: uma essência?

Um ser humano dividido é como um farrapo pronto a ser rasgado: não quer sair de onde está, deixar o que tem, não quer ir para onde vai, não quer procurar novas coisas. Serei eu um farrapo humano?
Procuro com insistência um lugar onde me sinta bem e de onde não queira sair…mas esqueço que o lugar perfeito nunca existiu nem nunca irá existir. Fui somente eu, os meus objectos e os recortes das almas que gostava. Agora, sou somente eu, a minha alma, e os recortes já voaram. Não dependo de ninguém, apenas do meu espírito e da minha liberdade.
A minha liberdade é a essência da minha vida. Liberdade interior e nada mais. Não finjo uma rebeldia nem uma alegria, não procuro o que nunca encontrarei, não sorrio apenas para parecer bem nem concordo com as grandes massas. Sou eu. Um Eu melancólico e sofrido, um Eu que sabe exactamente o que quer: simplesmente viver.
Não tenho medo, tenho as vossas vidas dentro de mim e isso basta para estar feliz.