sábado, 4 de abril de 2009

Liberdade: uma essência?

Um ser humano dividido é como um farrapo pronto a ser rasgado: não quer sair de onde está, deixar o que tem, não quer ir para onde vai, não quer procurar novas coisas. Serei eu um farrapo humano?
Procuro com insistência um lugar onde me sinta bem e de onde não queira sair…mas esqueço que o lugar perfeito nunca existiu nem nunca irá existir. Fui somente eu, os meus objectos e os recortes das almas que gostava. Agora, sou somente eu, a minha alma, e os recortes já voaram. Não dependo de ninguém, apenas do meu espírito e da minha liberdade.
A minha liberdade é a essência da minha vida. Liberdade interior e nada mais. Não finjo uma rebeldia nem uma alegria, não procuro o que nunca encontrarei, não sorrio apenas para parecer bem nem concordo com as grandes massas. Sou eu. Um Eu melancólico e sofrido, um Eu que sabe exactamente o que quer: simplesmente viver.
Não tenho medo, tenho as vossas vidas dentro de mim e isso basta para estar feliz.

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