quarta-feira, 7 de abril de 2010

Não gosto mesmo!

Nunca fui uma pessoa muito exigente. Talvez coloque exigência em algumas coisas específicas do meu dia – a – dia, principalmente no que diz respeito á forma como estabeleço relações com os outros, mas não sou, de todo, exigente com aquilo que a vida sempre me deu, e me dá.
Não sou assim. Acho que me fui habituando, não a contentar-me com pouco, mas a estar feliz com aquilo que tinha e fazia. Apesar da maioria das coisas não terem sido fáceis, eu consegui sempre, eu cheguei sempre onde queria, eu tive sempre alguém comigo, eu senti sempre amor, eu sorri sempre, eu lutei sempre, eu sonhei sempre…Eu não desperdicei nenhuma oportunidade para fazer mais alguma coisa, para chegar mais longe…
Agora…as coisas continuam a não ser fáceis, mas eu continuo a sentir-me feliz. Continuo a ter amor, a sorrir e a sonhar, continuo a lutar para conseguir chegar onde quero…Algumas coisas melhoraram até nos últimos tempos. Mas agora tenho vontade de ser exigente. Não comigo, não com os outros. Ser exigente para com a vida. Por mais arrogante, desajustada, e tudo o resto que essa atitude possa parecer. Sinto-me desiludida com ela (a vida), sinto-me até revoltada e com mil e uma questões sem resposta.
Estou-me a tornar assim, e não gosto. E olhem que estou a lutar muito contra este sentimento!

1 comentário:

  1. Toda a gente tem direito a ficar revoltado, a sentir frustração, desespero por certas coisas, não só por não pararem, mas porque ainda por cima pioram.

    Merda, sei como te sentes. Primeiro vem sempre a revolta.

    Ralha, esperneia, chama-lhe nomes.

    Depois aceitas. Aceitas sempre.

    Depois... lutas.

    É sempre assim.

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